Fábio Porchat: ‘É legal saber rir de si mesmo’

Fábio Porchat comenta os limites do humor e o trabalho duro num talk show.
Após a estreia do seu programa, você fez um vídeo no Porta dos Fundos explorando a conhecida piada sobre sua emissora: “Fulano não morreu, está na Record”. A sina o angustia? Quando tive o primeiro papo com a Record, pensei: será? Até me animava com um talk show, mas fiquei em dúvida. Só toparia se tivesse liberdade de fazer piada com a Record.
Por quê? É legal saber rir de si mesmo. E muitos achavam que a Record iria me podar. Mas eles disseram: “Vai fundo”. A emissora estava até estranhando o Porta não fazer nada a respeito. Eu disse que ficassem tranquilos, pois viria chumbo. Zoar com a gente mesmo chama atenção.
Jura que não há limite? Claro que tem, né? Eu quero continuar empregado! Até no Porta dos Fundos a gente tem limite. Por que na Record seria diferente?
Qual é o limite? Não sei, porque ainda não cheguei lá. Eu tento medir até onde dá para cutucar. Se a piada é boa, as pessoas vão rir, e não se zangar.
Vale piada sobre a Igreja Universal do Reino de Deus? Olha, eu não sei se faria. Se você está na casa de uma pessoa, não sai dizendo que ela tem um quadro horrível ou um sofá péssimo. Agredir quem nos recebe é deselegante. Na comédia, você tem de evitar o constrangimento. Quando isso ocorre, ninguém ri. Fica no ar só um “ai, meu Deus”.
Não dá inveja saber que Marcelo Adnet tem as estrelas da Globo à disposição? Não. Eu queria entrevistar todo mundo, mas não é possível. O Adnet idem: tem o pessoal da Globo, mas não todo mundo. No fundo, temos inveja é do Danilo Gentili. Por ser do SBT, ele tem mais chance de entrevistar Silvio Santos.
Quem foi o convidado mais complicado até agora? A Sasha. Ela herdou a fama da mãe, mas é tímida, não quer mostrar sua vida pessoal. Falamos ao telefone, jantamos juntos e fiz lobby com a Xuxa. Talk show dá trabalho.
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